FÁBRICA DE MUNDOS é um espaço para falar sobre WORLDBUILDING - construção de mundos imaginados para uso em livros, jogos, RPG, quadrinhos, filmes e outros.
Aqui escritores, roteiristas e demais interessados em fantasia, ficção científica e gêneros relacionados vão encontrar informações sobre este tema, guias para construir mundos, e também dicas literárias, informações sobre autores e livros nacionais, vídeos e links para referências.
WORLDBUILDING é o processo de construção de mundos imaginários, muitas vezes associado à construção de um universo inteiro para inserir tal mundo, usado majoritariamente por escritores, roteiristas, quadrinistas, ilustradores e autores de outras mídias para uso em livros, jogos, RPG, quadrinhos, filmes, etc., como cenário, como ambientação.
Foi em uma edição de dezembro de 1820 da terceira Edinburgh Review, — uma das mais influentes revistas britânicas do século 19, tratando de romantismo, poesia e política — que o termo "world-building" foi primeiramente usado. Mais tarde, em 1920, apareceu no artigo científico "A.S. Eddington's Space Time and Gravitation: An Outline of the General Relativity Theory", onde se relacionavam hipóteses a respeito da existência de mundos onde as leis da física fossem diferentes das da Terra. Em 1965, após R.A. Lupoff’s Edgar Rice Burroughs usar o termo em seu Master of Adventure, o termo se disseminou entre os autores e críticos da criação nas áreas de ficção científica e fantasia, e os mundos resultantes do uso deste recurso são chamados de mundos construídos.
Construir um cenário imaginário requer um cuidado minucioso, já que cada detalhe, desde a geografia, as leis da física, a astronomia do lugar, são tão importantes quanto a organização social e política, os tipos de alimentos que as espécies consomem, ou a linguagem falada. Tudo isso para que o autor possa alcançar a suspensão da descrença, que é aquela vontade de um leitor ou espectador de aceitar como verdadeiras as premissas de um trabalho de ficção, mesmo que elas sejam fantásticas, impossíveis ou contraditórias. Para que ela possa ser atingida, o trabalho com o worldbuilding deve ser tão coerente quanto a própria história.
Histórias como O Senhor dos Anéis, Mistborn, Eragon, Harry Potter, Star Wars ou Dungeons & Dragons têm um elemento em comum: em todas elas, a construção de mundo chegou a um nível tão avançado, que o que é difícil de acreditar é que tais mundos não existem.
Esta página foi criada e é mantida pela escritora Lívia Taisa Rolim Stocco, autora independente da série literária Mundo de Bhardo, dos livros O Tesouro de Caularom, Asas de um Guardião, O dia em que eu salvei o mundo e de outros textos.